Friday, January 28, 2011

Que venham os novos (e bons)!

Conversa de botequim


Vá pedir ao seu gerente
que pendure essa despesa
no cabide ali em frente

NOEL ROSA
encostar a barriga no balcão
daquele boteco antigo
: rabo-de-galo torresmo pernil
prosa fiada sem perigo
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o pernil tá bom demais
tá coisa fina ô gente boa
embrulha aí o que sobrou
que eu vou levar pra patroa
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filar um cigarro bater
a ponta na unha encardida
vai mais uma? agradecer
obrigado eu tô de saída
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não saber se o cara ao lado
é bandido irmão algoz
: a humanidade que sobrou
em cada um de nós.
Carlos Felipe Moisés
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Retirado da Revista E - janeiro 2011 - n.7 - ano 17 _ pg.43
Distribuição gratuita do SESCSP
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Acho que nunca postei textos de outras pessoas, a não ser em epígrafes para coisas minhas.
Li esse poema em uma revista. É de um autor contemporâneo, que eu não conhecia, e gostei demais. Pela referência de Noel, a tal música é uma das minhas favoritas do poeta da Vila, e pelo jeito que foi escrito, o resultado da inspiração. Contemporâneo e bom.
Se gostou, procure mais, essa fonte tem mais águas, de outras cores e sabores.

Sunday, January 16, 2011

Essa moça é diferente...

Transborda charme em (pseudo)circunspecção
Exala incógnitas à minha percepção.


Em pistas de Mário Quintana, Djavan e Damien Rice.

Ideias e ideais

Um texto a ser escrito
Cristalizado
Petrificado

É aquele dito
Doutrinado
Entalhado

Circunscrito
Não modificado
Não finalizado.