Monday, December 28, 2009

Queria ouvir você me ouvir

"Se um dia você for embora
Não pense em mim que eu não te quero meu
Eu te quero seu"
Milton Nascimento e Fernando Brant

Você me prende
E só faz isso para o meu bem
Mas ao prender, você me mata
E nisso acha que me faz bem
Mero engano, mera ilusão
Um desencontro do coração
Pois muito mais correr perigo, poder voar e te querer
Do que segura, junto a ti, me aborrecer

Me diz por que tudo tem que ser assim
Será que as desavenças não terão fim
Me ensine querer sua vontade
Acredite, para isso, é preciso a saudade
Me deixa tentar e errar
Quem sabe assim não passo a te valorizar
Um pouco de independência não faz mal a ninguém
Dela nos alimentaria, vintém por vintém

Wednesday, November 18, 2009

Lucas Silva e Silva

Existem pessoas que são sonhadoras. Elas almejam seus objetivos de forma lúdica e bela, chegam a fantasiá-los, imaginam-se neles, e agarram toda e qualquer oportunidade que os tornem mais próximos de alcançá-los. Também existem pessoas que vivem sonhando. Elas, também chamadas de nefelibatas, são sonhadoras, almejam seus objetivos de forma lúdica e bela, e fantasiam, não só seus objetivos, mas como a vida em geral. E não digo isso dos otimistas ou românticos, mas sim daqueles que encontram nas fantasias que criam, o seu mundo ideal e, fazem dele seu refúgio, quando as situações do mundo real não lhe agradam.
A principal diferença entre os sonhadores e os nefelibatas é que os primeiros, reconhecem, enfrentam e sofrem diante da frustração da não-realização de seu sonho, ou até mesmo ante os obstáculos encontrados para realizá-lo. Os segundos, por sua vez, diante do conflito, se voltam para o mundo interior e fantasiam situações favoráveis a eles, de modo que estão sempre a evitar a realidade, criando uma falsa idéia de satisfação e realização. Esses, dificilmente estarão por completo no mundo real, geralmente estão em outra frequência e meio que o resto do mundo, e por isso, poucos serão os momentos na vida que terão vivido de verdade.

Monday, October 12, 2009

Quando elas não vêm...

Às vezes você tem todos os motivos do mundo, os melhores pensamentos, a mais bonitas histórias para escrever, mas, simplesmente não consegue.
As palavras não fluem, nada parece bom, o esforço é tomado por uma preguiça covarde e, você simplesmente se deixa levar pela desistência.

Como vocês podem perceber, eu tenho estado assim. Acredito que seja temporário, acredito que seja uma questão de estilo de vida e, como este não se perpetuará, um dia voltarei com o meu grande prazer bloguístico.

Por enquanto, me contento em ler meus colegas quando posso e admirá-los cada vez mais.
Na próxima vez, quando eu não puder falar por mim, acho deixarei que algum outro nome consagrado fale.
Veremos...


No mais,
Vinícius, velho, saravá!

Wednesday, August 5, 2009

Avaritia et Luxuria

"Dois impulsos únicos, correspondendo a duas funções únicas, parecia estarem vivos naquela multidão – a do lucro, a do gozo."
A Cidade e As Serras – Eça de Queiroz

And that's pretty much what it is all about, isn't it?
Getting prettier, what for?
Dressing cool, why?
Studying hard, so you can get a good job, therefore you'll get good money; because… ?
The French may say ces't la vie.
Well, I'd say our vies are getting shittier everyday.

Saturday, August 1, 2009

Shimbalaiê

Eu sou apaixonada, de um jeito ou de outro sempre fui.
E acho que sempre serei.
Não consigo viver sem e nem quero isso.
Aliás quero tê-la em minha vida cada vez mais.
O quão mais puder.
Nela me descubro e reinvento meu mundo.
Por ela abro sorrisos e deixo lágrimas escorrerem.
Nela encontro minha alma às vezes esquecida.
Ela me acalenta e alimenta.
MÚSICA

E tenho meus vícios musicais, de vez em vez.
A obra da hora na qual me foco.
Adoro descobrir os novos e adoro conhecer os antigos.
Admiro quem me traz ambos.
O meu atual vício musical,
Tem nome, sobrenome e um estilo difícil de classificar.
É quase que uma falsa cognata, aparenta uma coisa e significa muita outras.
Bom de ouvir, bom para sonhar:
Sonhos doces e singelamente muito belos.

Descubram Maria Gadú.
www.myspace.com/mariagadu

Thursday, July 16, 2009

Sem senso

Estou viva. Pensando e respirando. O ar é composto por Nitrogênio, Oxigênio e Argônio. Agora, que tipo de nome é Argônio? Argônio é nome de professor velho de história do colégio. Velho e indiferente. Talvez ele seja indiferente porque ao longo da vida percebera que se fosse dar atencao a cada aluno de cada turma a cada ano, enlouqueceria. Talvez fosse indiferente por estar em seu último ano de ofício, apenas para cumprir as exigências de aposentadoria, e, no fundo, no fundo, quisesse mais que todos explodissem! Sabia que a quantidade mínima de anos trabalhados para alcançar a aposentadoria para o professor é menor do que a da maioria? Isso porque aparentemente a profissão de professor é muito desgastante. E deve ser mesmo. Mais desgastante ainda é ter aula com um professor que dá aula por obrigação, de uma forma ou de outra você acaba sendo enganado, acho. Culpa do governo e desse MEC bagunçado e ignorante. Aliás, é tudo culpa do governo! As pessoas adoram culpar o governo, né? E, na verdade, a culpa é nossa, já que nós colocamos esse governo no governo. Enfim. Outro dia eu escorreguei no chão. Ele não estava molhado, não tinha degrau, eu estava de tênis, não tinha porteiro, arquiteto ou sapato que pudesse arcar com a culpa. Na falta, gritei na hora: "Que o Lula e o Sarney vão se catar!"

Friday, June 5, 2009

Antes Santos e Silvas...

Era fraco. Sempre soubera disso, apenas fingia esquecer desse "detalhe". Fingia ser forte quando podia. O problema é que, volta e meia, a fraqueza batia, latente, insistente, pendente - não por fora, mas sim por dentro. Pensamentos voavam, lágrimas caiam e seu mundo virava de cabeça para baixo, como um liquidificador de idéias com sentimentos intensificados.
E ele sabia que isso acontecia, pelo simples fato de ser fraco. Por não ter coragem de decidir, de bater o pé, de arriscar e de ser julgado. Era clichê e não queria ser, não era comum, mas queria sê-lo. Não tinha coragem de jogar os estudos para o ar e pintar quadros bem como queria, não tinha garra para estudar o suficiente para ter uma vida pacata como não queria. Não tinha coragem de desafiar a sociedade e tinha receio de fazer o que ela o impunha.
Gostava de música e de teatro, assistia novelas e lia revistas pornô. Aprendera piano e futebol.
Nunca foi bom, nem nunca foi ruim. O que é pior, estava fadado a ser mediano.

Sunday, May 10, 2009

Pluit angor

Vai chover, de novo, deu na tv
E o povo já se cansou de tanto o céu desabar.


E por mais que chova lá fora,
A verdade é que
A tempestade está acontecendo
Bem aqui dentro.

Meu coração já se cansou de falsidade.


-
Santa Chuva - Marcelo Camelo

Friday, April 24, 2009

Meu pedaço que tem faltado

Eu sinto falta de escrever coisas aleatórias.
De ter tempo para observar e pensar,
sentir e pensar,
pensar e escrever.

Minhas palavras por mais banais que sejam, ao estarem concretas seja no papel, seja na tela do computador, me aliviam. E de certa maneira me satisfazem.
O tempo anda curto. Falta tempo para observar, sentir, pensar e... tornar tudo intimamente externo através das palavras.
Tempo para criativizar as coisas que tenho aprendido.
Preciso de tempo para escrever!
Essa falta tem tempo limitado, assim espero.

No mais, me viro como posso.
E sorrio quando posto.



Obs: Gostaria de indicar à vocês o blog da Mari Lopes, onde ela tem postado lindas fotos que tem tirado, cenas reais, bem naturais, mas que ainda sim dão asas a qualquer imaginação.

Tuesday, April 7, 2009

Cada qual com seu caminho...

No meio do caminho tinha uma pedra.
Tinha uma pedra enorme no meio do caminho.
Diante dela, eu não sabia se conseguiria pular,
Ou se seria necessário escalar.
Talvez a volta eu teria que dar.

O que eu tinha certeza, porém,
É que no meio do meu caminho
É que ela não iria ficar.

Wednesday, March 25, 2009

I'm wandering round and round nowhere to go

"While my eyes go looking for flying saucers in the sky "

Enquanto meus olhos se perdem no horizonte da janela do apartamento.
Enquanto meus pensamentos se desviam das linhas de palavras dos livros estudados.
Enquanto meus ouvidos se fecham para a televisão a minha frente e se abrem à minha voz interior.

Voz que pede, voz pedinte.
Olhos que sonham e veem imagens imaginadas.
Pensamentos que no matter when or how sempre acabarão em um mesmo lugar.
Em uma mesma pessoa.

Enquanto os diferentes assuntos a meu redor, me fazem sempre relacionar a um mesmo alguém.
Uma espécia de anacronismo, onde aatribuição é confundida não pelas datas, mas pelas mensagens.
Tudo e qualquer coisa que digam, soará aos meus ouvidos como uma lembrança do ser querido.

Sunday, March 15, 2009

Home Sweet Home

É tão bom chegar em casa depois de uma viagem
Um aconchego enche o coração só de pensar
Na cama macia e querida compondo o leito de cada dia
No descanso almejado para o recomeço do dia a dia
Depois do prazer que se tem em com a pessoa amada sonhar

Tuesday, March 10, 2009

Fato biológico.

Um bom momento vivido em um próximo passado,
Ontem eram felizes lembranças.
Hoje, uma decepção pela limitação de sua própria natureza.
Minha própria natureza,
Nossa, própria natureza.
São detalhes que se perdem a cada minuto.
Se agora tenho um filme de minha vida para ver quando quiser,
Rico em detalhes e palavras, significados.
Amanhã já muito o perdi.
E nisso a emoção que no fundo ficava,
Se esvaece nessa minha lembrança.

Memória minha,
Memória mísera,
Memória míngua.
Memória (não mais) minha.

Saturday, February 28, 2009

Ah o carnaval...

Ela quebrou a cabeça mas não conseguiu, não conseguiu a mínima coerência ao tentar reproduzir na cabeça, ao tentar reviver aquele momento para que pudesse escrever a respeito. Para que pudesse registrá-lo da forma merecida.

Bom, não o fez assim que aconteceu, não conseguiria fazê-lo agora.

O que ela lembra, porém, é que ao chegar mais perto daquela bateria de 300 componentes, sem ao menos vê-los, ao ouví-la, forte como os batimentos de seu coração, não pôde evitar as lágrimas invadindo seus olhos e um nó desconfortável na garganta que a impedia de falar.
Foi quando ela percebeu que isso tudo a emocionava, e muito.
E não importa o quão feliz tenha sido em outros lugares, o quão apaixonada era por outros horizontes, sabia que emoção como essa só sentiria ali: bem pertinho da bateria de uma escola de samba.


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Estamos de volta!

Tuesday, February 17, 2009

Selos (ISO's blogais?)

Pessoal, dando uma pequeníssima pausa nas escritas e leituras, admirações e travessuras, vamos à uma outra área do mundo dos blogs.

A Ana Cândida do blog E-brechó, me indicou a dois selos, aliás, muito obrigada Ana!
E posto aqui as regras de cada um e a minha lista de indicados. Para os dois selos será a mesma lista, já que esses que indico são mesmo meus atuais favoritos!

Prêmio DardosCom o Prêmio Dardos se reconhecem os valores que cada blogueiro mostra cada dia em seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc..., que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras.
As regras do Prêmio Dardos são:
1. Aceitar exibir a distinta imagem;
2. Linkar o blog do qual recebeu o Prêmio Dardos;
3. Escolher 10 blogs para entregar o Prêmio Dardos;
4. E avisar a todos, claro!


Olha que Blog Manero!

Este selo é como se fosse um "certificado de qualidade" (ISO mesmo! haha) do conteúdo do blog. Olha só que honra gente! Aí abaixo vão as regras que devemos seguir quando recebemos o selo:

1- Exiba a imagem do selo “Olha Que Blog Maneiro”.
2- Poste o link do blog que te indicou.
3- Indique 10 blogs de sua preferência.
4- Avise seus indicados.
5- Publique as regras.
6- Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.
7- Envie sua foto ou de um(a) amigo(a) para olhaquemaneiro@gmail.com juntamente com os 10 links dos blogs indicados para verificação.Caso os blogs tenham repassado o selo e as regras corretamente, dentro de alguns dias você receberá 1 caricatura em P&B.
8- Só vale se todas as regras acima forem seguidas.Qualquer dúvida envie um email para: olhaquemaneiro@gmail.com


Mais uma vez, valeu Ana!

Friday, February 13, 2009

Tu tu tu tu tu . . .

Alguns escrevem o próprio nome repetidamente.

Dizem que isso é significado de auto-afirmação.

Também há flores, sóis, nuvens e até arco-íris.

Um jardim completo e uma espera eterna.

Um quadrado, dividido em dois.

Que vira dois triângulos, pintados por dentro.

Uma conversa colorida em si.

Espiral, aspiral, aspirante a criador

O tédio do tédio em pleno papel de recados.

A excitação da conversa querida

Em mera caneta de hotel.

A verdade é que,

Descobertas ou não

Obra de arte ou borrão

Ninguém consegue ficar parado enquanto fala ao telefone.



PS: Preciso dizer que os comentários do post anterior fizeram do meu interior um lugar melhor, mais aceitável para se viver. Muito obrigada!

Tuesday, February 10, 2009

O natural de certas coisas


Hoje por um acaso me peguei lendo um texto de uma amiga, de mesma idade que a minha, que começava mais ou menos assim:
Pensar, Achar, Esperar – é o maior erro que cometemos.


Em um primeiro impulso, fiquei interessada no texto, mas ao notar que ele havia sido escrito há mais de dois anos atrás, não pude evitar instantâneamente a rejeição "O que nós sabíamos a dois anos atrás!?" pensei na mesma hora. Corri os olhos pelas palavras e cheguei a concluir "Traz aquela idéia clichê, de que não se pode pensar, ou esperar as coisas, temos que fazer, o quão típico!". E nisso a credibilidade com a qual comecei lendo o texto havia toda se esvaecido.


Isso me fez lembrar uma época em que eu era criança, apenas uma criança, que gostava de ler, de boa música, filmes e saber sobre as pessoas, o que estavam fazendo, do que gostavam, seus empregos e aspirações. Mas poucas foram as oportunidades que tive para decorrer tais assuntos com pessoas que se interessariam. Isso me fez lembrar de um tempo em que eu não era levada a sério. Justamente da mesma forma que não levei o texto da minha amiga à sério, pela idade sua idade ao escrevê-lo. Eu nunca fui levada a sério por ter sido uma criança. Por mais coisas interessantes e adultas que eu pensasse, nunca consegui um espaço com aqueles pelos quais me interessava conversar.
E nessa dança passei alguns anos conversando comigo mesma. As crianças da minha idade pouco me interessavam, e eu pouco interessava os mais velhos. Nisso restava eu me interessar por mim mesma, criar fantasias, sofrer angústias, viver meus livros e ir levando a minha vida de pequena adulta ou grande criança.


Inclusive hoje, uma de minhas maiores satisfações é poder ser mais notada, por qualquer idade que seja, ter com maior frequência a oportunidade de decorrer dos assuntos, estar bem comigo mesma, passar horas com pessoas da minha idade e achar assuntos diversos para os mais velhos e mais novos. Ainda tenho, porém, aquela leve curiosidade quanto a uma geração mais velha que eu. Não a de meus pais, nem a minha, aquela que separa a gente. São essas pessoas, as desconhecidas da faixa que, em plena consolidação de suas vidas, me chamam mais atenção quando saio. Me despertam a curiosidade. Algumas me dão credibilidade, outras não.


Ao ter tal pensamento sobre o texto de minha amiga, e após a nostálgica reflexão, confesso que me senti culpada e cheguei a isentar de culpa aqueles pelos quais sempre procurei espaço, em vão.
Mas o melhor de tudo é que há algum tempo isso deixou de ser problema. Creio eu.

Thursday, February 5, 2009

Ensaio Sobre a (Suj)eira

Um filme extremamente interessante e muito desagradável de se assistir (Segundo o jornal Times, deprimente). Basicamente é isso.

O Ensaio Sobre a Cegueira - Blidness (Brasil, Canadá e Japão - 2008)

O filme traz uma causa um tanto quanto fora de nossa realidade (porém não impossível) e gera uma consequência bastante associável com situações que vemos hoje em dia e com questões com as quais lidamos diariamente.

Elenco composto por atores renomados internacionalmente e de várias nacionalidade diferentes, em certa passagem até usa a cegueira e o preconceito racial de forma irônica. O filme como um todo é bastante pesado devido à cenas fortes, mas pior que isso, situações muito grotescas.

Assistindo ao filme eu não sabia se ficava aliviada por finalmente estar assistindo ou se me arrependia por ter entrado na sala de cinema. Em nenhum momento porém, fiquei entediada. O filme tem duração, digamos, perfeita. Seu impacto nas pessoas é visível, saímos da sala um tanto atordoados, angustiados, chocados, isso é visto no rosto dos espectadores. Mais que tudo, saímos encomodados.

Sua trilha sonora é básica, nada muito especial. A edição é bem feita e a direção de Fernando Meirelles é muito criativa como em certo momento em que a tela fica preta diante de nossos olhos, como se a epdemia atingisse a quem assiste. Bem como em uma ou duas passagens em que um desconhecido narra momentos de forma que acredito seja exatamente como no livro, dando a determinadas situações um ar muito mais romântico, passagens que chegam a ser quase prazerosas.
O filme que teve parte filmada em São Paulo, mostra um minhocão desconhecido pelos paulistanos, onde em plena luz do dia, está praticamento deserto, sem a mínima circulação de carros, também podemos ver a já conhecida ponte estaiada da cidade.

Alice Braga desenvolve um inglês com pouquíssimo sotaque, praticamente imperceptível. Mas bem como um outro filme dela ao qual assisti, tira a roupa e essa frequência em seu trabalho me encomoda um pouco.

Vendo o filme, fiquei com vontade de ler o livro até mesmo para entender melhor toda a situação e talvez procurar um pouco mais o romantismo. Dizem que o livro realmente é melhor (como na maioria das vezes) e menos brusco.

No mais, uma obra que nos faz refletir e de alguma forma muda a gente. Mas aconselho irem preparados, pois não será um programa divertido e tampouco relaxante.






A crítica ficou bastante dividida, caso se interessem, vale a pena procurar na internet, pois há críticas ótimas com opniões diversas. Inclusive curiosidades interessantes sobre a produção.

Thursday, January 29, 2009

Mãos...

Só fui me tocar hoje que sou apaixonada por mãos com movimentos precisos.
Meio estranho, né?

Mas veja se não faz sentido: adoro assistir programa de culinária só para poder assistir as mãos do chef, cortando, mechendo, amassando tudo sempre com muita maestria e charme... nas mãos! Faz tudo parecer tão certo, tão fácil, tão atraente!

E o que dirá um par de mãos vestidas em um par de luvas cirúrgicas?
Isso é pra levar qualquer um à loucura!
Os movimentos ficam mais leves, mas ao mesmo tempo firmes. Um ar de profissional...
É como se pudéssemos confiar qualquer coisa àquelas mãos. Ou esperar qualquer coisa delas...

Para falar a verdade, mãos com unhas bem feitinhas não me fazem muita diferença, e as com unhas roídas mal me encomodam. Mãos digitando me dão fanikito!

Gestos de professores de exatas explicando a matéria também são interessantes, como eles usam as mãos para eplicar trigonometria com tanta convicção, ou até mesmo a regra da carona.

Taí, sempre tive isso dentro de mim, mas só hoje fui notar, enquanto usava um par de luvas cirúrgicas limpando uns objetos, cheguei até a ficar orgulhosa.



Sunday, January 25, 2009

Eu só queria receber aquele um email...

Sabe quando você está naqueles dias em que nada serve, você se sente esquecida e não importa o que digam a você, ou quem diga a você - você só quer ouvir de uma pessoa?

Nossa! Odeio isso... você se sente uma pessoa arrasada, sem nem mesmo saber o porquê e tudo perde a graça a não ser a imaginação, um sonho acordado ou uma lembrança com...
ahhh NÃO!

Você evita, mas não adianta, o pensamento dá voltas, e voltas, acabando sempre no mesmo lugar. E o pior de tudo: nunca temos certeza de nada, porquê nos sentimos assim, ou como agir. Talvez... Talvez a única certeza que tenhamos é que toda a confusão não é recíproca.

É eu odeio dias como esse...
Graças a Deus que não estou em um deles!

Friday, January 23, 2009

Vício Maldito

Ando assistindo muita tv.
E depois que o faço, odeio. Me odeio.
Mas passa um pouco e volto pra tudo de novo.
Confesso!


Na TV tenho a maior desculpa para o meu ócio. Será?

Sunday, January 11, 2009

Só uma corridinha na praia

POST ESCRITO EM 07.01.2009

Estava eu, acompanhando minha família – contra a minha vontade, à praia (Nunca gostei muito, gosto de ir, tomar sol na praia é legal, o mar é gostoso, mas por poucos dias – assunto suficiente para um outro post). E como tenho caminhado/corrido regularmente em uma praça perto de casa, aproveitar a areia batida da praia em questão para fazer o exercício seria o mínimo que a tal viagem a contra-gosto poderia me oferecer.
Coloquei meu par de tênis de exercícios e fui. Sozinha. Da saída do condomínio até a praia fui caminhando e me aquecendo, pois chegando lá pude sair correndo como dizem os canadenses "right away". Ao sair do condomínio guardei o mp4 no bolso, pois não queria correr o risco de ser roubada de novo - tudo bem que dessa vez estava em uma praia, mas... nunca se sabe – correr ouvindo o som do mar parecia melhor idéia mesmo. A portinha de entrada do condomínio devia ficar em 1/3, 1/4 da praia – corri até a ponta mais próxima da costa e o fiz em uns 10 min, parei por um tempinho, respirei. Afinal, na praça em frente de casa geralmente corro uns 4, 5 minutos e ando 45 seg – o que é uma volta ao redor do local e geralmente faço três dessas e me dou por satisfeita. Resolvi correr mais uns 10 minutos e nisso teria feito mais do que normalmente – não que eu corra por obrigação, até gosto. Mas conheço meus limites e ficar sofrendo por exercícios físicos realmente não faz o meu tipo.
Ok, deram os 20 minutos e não me senti encomodada. Resolvi ir continuando... vi uma mulher resolvi parar onde ela estava, passei a mulher; vi dois garotos resolvi colocá-los como linha de chegada, passei os meninos. Nisso minha boca secava, mas eu me sentia bem – foi aí que resolvi chegar até a outra ponta, o que me levou mais uns 15 minutos. Sei que correr 35 minutos não é a coisa mais incrível do mundo, mas para alguém que geralmente corre 15, parando periodicamente, correr 35, sendo 20 diretos; eu estava bem feliz comigo mesma, digo, na parte física!

A mudança que isso causou em mim, porém, é que, claro, antes de chegar ao final mesmo, fui ficando cansada, a sede insuportável (na minha cabeça, pelo menos) e eu pensava "também, não sei pra que tô me matando, sou super magra, corro porque quero, não estou competindo nada, vou ficar aqui sofrendo pra quê?". Mas foi aí que decidi. Não adiantava eu me satisfazer, achar que estava bom e pronto. Uma vez que escolhi uma linha de chegada, definitiva – e eu sabia que se quisesse mesmo, chegaria lá – deveria ir até o fim. Me propus à aquilo. Tantas coisas na vida comecei e acabei deixando de lado, pela metade, tantos meio sonhos, algumas meia realizações, simplesmente porque me dava por satisfeita então parava. E vi que se não fosse capaz de terminar nem isso...
Tomei gosto pela corrida, cheguei até o final. Mesmo. Não encostei na paredinha com árvores porque também não queria fazer um papel de idiota chegando até o último centímetro, né. Mas cheguei, dei meia volta e dei uma andadinha... Mais adiante me rendi, tirei o tênis, andei na beira do mar – imagem bem de cinema mesmo. E claro, vim pensando. Um turbilhão de coisas e ao mesmo tempo uma só: o rumo que eu queria dar a minha vida. Consegui enxergar que quando um objetivo é atingido, outros rapidamente têm que ser lançados, tenho que procurar coisas das quais sei que sou capaz de fazer e tenho que me desafiar. Sempre! Quero poder dizer mais de uma vez "eu sei que sou capaz de chegar lá, então por que não?".
Ainda na volta, a qual fiz bem calma, andando olhando o mar e a areia, vi uma conchinha e peguei, quero guardar para poder guardar esse momento pro resto da minha vida. Essa conchinha me lembrará que tenho que sempre me renovar e me desafiar. Mais adiante, resolvi pegar uma para minha mãe, dividir esse momento com ela – e assim decidi demonstrar mais para minha família o quão sou grata por tudo que eles fazem por mim, o diálogo é necessário e limites também. Equílibrio para tudo. Então decidi pegar uma para o meu pai e fazer um chaveiro. Lembrei que era aniversário da minha irmã mais nova e peguei uma como presente – senti que não seria justo com a do meio, a pessoa mais fiel à família que conheço, ela nos trata como seu maior tesouro, sempre foi assim. E nisso não podia ficar sem pegar uma para o meu irmão. Virou um festival de conchinhas!

Acredito que seja por essas e outras que chamam a Natureza de mãe.
(sem comentar todo o fato que temos de cuidar dela, porque do jeito que anda, logo, logo a gente tá indo pro espaço literalmente)

Desculpem o excesso de escrito. Só queria mesmo registrar isso.