Wednesday, September 5, 2012
Como tudo. Como nada.
Encarar o teclado do computador já é como lidar com uma máquina de escrever. Seus barulhos, seus cliques, seus tecs, a sensibilidade nos dedos tão inexistentes - por existirem demais - no touches, pads, Is... Não quero mais fotos digitais, minha lomografia me move. Tão bonitas, tão legais, tão, tão, tão... O vintage é chique. O vintage é cool. O vintage é contemporâneo. Minhas fotos têm filtros, meu facebook tem o formato de um caderno de folhas amarelas. Meu amor é ao som de Cole Porter, que também foi regravado pelo Caetano, e quem sabe a Maria Gadú não faz também. Meu tempo é outro. Meu tempo é quando. Meu tempo é viver como der pra viver. Como tudo, como nada. É assim. Hoje em dia, já viu, né. Falo inglês, português, mas reconheço francês, alemão, etimologia grega e algo de latim. O teatro não-convencional, as obras da Bienal, os shows da Rua Augusta. Cadê minha jaqueta de couro? E o All-Star de lona da Nike? E a Coca Zero daquele restaurante vegano? Viva os animais, viva as mulheres, viva a periferia. São Paulo é um horror. São Paulo é uma imensidão. São Paulo é minha. Não, São Paulo é o que quiser que ela seja.
Friday, June 15, 2012
Diquinha camarada.
Para os que gostam de faltar aulas, evitem.
Mesmo que dormir um pouco mais, bater papo com aquele amigo ou qualquer outra coisa pareça muito mais interessante, evitem.
Pois quando você se apaixonar e tiver o melhor dos motivos para cabular o período,
Não poderá!
Ou, em poucas palavras, economizem suas faltas para gastá-las em companhia com uma paixão.
Mesmo que dormir um pouco mais, bater papo com aquele amigo ou qualquer outra coisa pareça muito mais interessante, evitem.
Pois quando você se apaixonar e tiver o melhor dos motivos para cabular o período,
Não poderá!
Ou, em poucas palavras, economizem suas faltas para gastá-las em companhia com uma paixão.
Tuesday, June 5, 2012
Para Lino.
Meus versos não me servem mais
Eu fui e eles ficaram
Eu tento, mas eles não vêm
As palavras não significam mais
As exclamações vagam pelas ruas
As interrogações se mudaram para as cabeças
Os pontos finais não têm mais fim
As vírgulas estão sem tempo
E as reticências
ah as reticências
Andam perdidas ou com companhias excepcionais
Eu que nada tenho de excepcional
Fico sem palavras, exclamações, reticências
Com excesso de interrogações e pontos finais sem fim
Almejando, meramente, por um pouco de vírgula que seja
Eu fui e eles ficaram
Eu tento, mas eles não vêm
As palavras não significam mais
As exclamações vagam pelas ruas
As interrogações se mudaram para as cabeças
Os pontos finais não têm mais fim
As vírgulas estão sem tempo
E as reticências
ah as reticências
Andam perdidas ou com companhias excepcionais
Eu que nada tenho de excepcional
Fico sem palavras, exclamações, reticências
Com excesso de interrogações e pontos finais sem fim
Almejando, meramente, por um pouco de vírgula que seja
Tuesday, May 8, 2012
Daquele segundo bem olhado
É que quando eu vejo, já foi. Não é que num encanto, bem encantado já vira paixonite do dia, da semana. De pensar, de querer, de lembrar, de imaginar, de querer estar com. Conhecer? E nesse lero-lero que a imaginação trava ela voa, e se alimenta,e me alimenta, de brisa. E quem disse que brisa não satisfaz? Não alimenta feito arroz e feijão, mas sustenta feito algodão-doce.
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