Wednesday, September 5, 2012
Como tudo. Como nada.
Encarar o teclado do computador já é como lidar com uma máquina de escrever. Seus barulhos, seus cliques, seus tecs, a sensibilidade nos dedos tão inexistentes - por existirem demais - no touches, pads, Is... Não quero mais fotos digitais, minha lomografia me move. Tão bonitas, tão legais, tão, tão, tão... O vintage é chique. O vintage é cool. O vintage é contemporâneo. Minhas fotos têm filtros, meu facebook tem o formato de um caderno de folhas amarelas. Meu amor é ao som de Cole Porter, que também foi regravado pelo Caetano, e quem sabe a Maria Gadú não faz também. Meu tempo é outro. Meu tempo é quando. Meu tempo é viver como der pra viver. Como tudo, como nada. É assim. Hoje em dia, já viu, né. Falo inglês, português, mas reconheço francês, alemão, etimologia grega e algo de latim. O teatro não-convencional, as obras da Bienal, os shows da Rua Augusta. Cadê minha jaqueta de couro? E o All-Star de lona da Nike? E a Coca Zero daquele restaurante vegano? Viva os animais, viva as mulheres, viva a periferia. São Paulo é um horror. São Paulo é uma imensidão. São Paulo é minha. Não, São Paulo é o que quiser que ela seja.
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