Saturday, January 30, 2010

Ansiedade

Não tenho pressa: não a têm o sol e a lua.
Ninguém anda mais depressa do que as pernas que tem.
Se onde quero estar é longe, não estou lá num momento.”
Poemas Inconjuntos – Alberto Caeiro


Concondo. Plenamente.
Mas tente explicar isso ao coração e à mente…
Paciência.
À mim, à eles.
Ao sol e à lua, à nossa carência de inteligência(?).

Não tenho pressa. Pressa de quê?
Não têm pressa o sol e a lua: estão certos.Ter pressa é crer que a gente passa adiante das pernas,
Ou que, dando um pulo, salta por cima da sombra.
Não; não tenho pressa.
Se estendo o braço, chego exactamente onde o meu braço chega -
Nem um centímetro mais longe.
Toco só onde toco, não onde penso.
Só me posso sentar onde estou.
E isso faz rir como todas as verdades absolutamente verdadeiras,
Mas o que faz rir a valer é que nós pensamos sempre noutra cousa,

E somos vadios do nosso corpo”
Idem

6 comments:

Nathi said...

E isso tem me enlouquecido!!!

Afinal, conformidade não é compativel com Nathallia antes, imagine agora!!

Belas pelavras, tua e do Mestre!

Beijo

GABRIEL, gustavo said...

Com isso já me acostumei.

Lá é longe, aqui é perto; prefiro viver por aqui.

João Gilberto Saraiva said...

Nada como o bom e velho Caeiro pra nos por no nosso próprio lugar e entender as noções que insistimos em esquecer.

Até mais moça.

Cadinho RoCo said...

Somos tudo do nosso corpo.
Cadinho RoCo

teoriasrabugentas said...

Se quiser unir ansiedades, podemos descobrir como realizar... Falo em relação ao meu post, que você comentou e foi compreendido!

Obrigado pela compreensão. achei que fosse fomentar mais gente, mas nada...

Se tiver idéia de por onde começar, tamos aí. Podemos unir a música ao que quero fazer... Texto. Peça, filme, evento, o que vier.

Se souber onde está surgindo um movimento, pode chamar que estou pronto pra "caetanear o que há de bom"...

Bjos
OBS: Vou repetir isso lá no meu blog, caso você não veja aqui.
OBS2: espero pelo post inspirado no texto de lá!

teoriasrabugentas said...

OBS3: "caetanear o que há de bom"... (metáfora péssima... quis dizer: façamos a sorte de uma Tropicália acontecer)