Thursday, February 5, 2009

Ensaio Sobre a (Suj)eira

Um filme extremamente interessante e muito desagradável de se assistir (Segundo o jornal Times, deprimente). Basicamente é isso.

O Ensaio Sobre a Cegueira - Blidness (Brasil, Canadá e Japão - 2008)

O filme traz uma causa um tanto quanto fora de nossa realidade (porém não impossível) e gera uma consequência bastante associável com situações que vemos hoje em dia e com questões com as quais lidamos diariamente.

Elenco composto por atores renomados internacionalmente e de várias nacionalidade diferentes, em certa passagem até usa a cegueira e o preconceito racial de forma irônica. O filme como um todo é bastante pesado devido à cenas fortes, mas pior que isso, situações muito grotescas.

Assistindo ao filme eu não sabia se ficava aliviada por finalmente estar assistindo ou se me arrependia por ter entrado na sala de cinema. Em nenhum momento porém, fiquei entediada. O filme tem duração, digamos, perfeita. Seu impacto nas pessoas é visível, saímos da sala um tanto atordoados, angustiados, chocados, isso é visto no rosto dos espectadores. Mais que tudo, saímos encomodados.

Sua trilha sonora é básica, nada muito especial. A edição é bem feita e a direção de Fernando Meirelles é muito criativa como em certo momento em que a tela fica preta diante de nossos olhos, como se a epdemia atingisse a quem assiste. Bem como em uma ou duas passagens em que um desconhecido narra momentos de forma que acredito seja exatamente como no livro, dando a determinadas situações um ar muito mais romântico, passagens que chegam a ser quase prazerosas.
O filme que teve parte filmada em São Paulo, mostra um minhocão desconhecido pelos paulistanos, onde em plena luz do dia, está praticamento deserto, sem a mínima circulação de carros, também podemos ver a já conhecida ponte estaiada da cidade.

Alice Braga desenvolve um inglês com pouquíssimo sotaque, praticamente imperceptível. Mas bem como um outro filme dela ao qual assisti, tira a roupa e essa frequência em seu trabalho me encomoda um pouco.

Vendo o filme, fiquei com vontade de ler o livro até mesmo para entender melhor toda a situação e talvez procurar um pouco mais o romantismo. Dizem que o livro realmente é melhor (como na maioria das vezes) e menos brusco.

No mais, uma obra que nos faz refletir e de alguma forma muda a gente. Mas aconselho irem preparados, pois não será um programa divertido e tampouco relaxante.






A crítica ficou bastante dividida, caso se interessem, vale a pena procurar na internet, pois há críticas ótimas com opniões diversas. Inclusive curiosidades interessantes sobre a produção.

5 comments:

Nathi said...

Nossa, ficou muito bom, impressionante, vc lembrou de tudo que me falou do caminho do cinema até sua casa!!

Ainda leio o livro!!

Ps:o livro "As menias"...acabei, fiquei triste, agora parece que falta alguma coisa no meu dia...são elas...estou sentida!

Anonymous said...

Oi Laurinha...Tudo bem?
Resolvi ler o que você achou do Ensaio.
Agora estou arrependido de não ter conseguido entrar na sala. Acabei indo para casa triste. Aliás, Desculpa. Achei até que você estava lá com a nathi. Eu devia ter ficado, assim fazia compahia para a nathi.
Pelo comentário, parece que você não se identificou muito com o filme. E depois disso tudo, eu é que não perco este filme.

Um Beijo!

Anonymous said...

Ahh...
Tinha escrito algo aqui para você, mas acho que não estava a altura para seus olhos (você merecia muito mais).
Certa vez alguém me escreveu esta frase em uma folha de papel que continha uma redação campeã de um ilustre desconhecido e, assim, a redação perdeu seu valor. Ela não era mais tão importante assim. A frase é que era. A redação era digitada e fácil demais para se ter outras cópias, enquanto a frase não. Era viva, foi escrita a caneta e mostra que uma pessoa especial tocou naquela folha. Sua idéia teve ligação direta com papel. Seus sentimentos e pensamentos. Era única, é única, objeto que máquina alguma jamais vai fazer iqual.
Esta frase, não sei como, não sai da minha cabeça (e ainda bem mesmo que não sai) e, sempre que posso, atribuo ela para a pessoa que me escreveu pois sei que ela também é merecedora de tal, mais do que eu. Faço assim pois sei o que faço.
Acho que isto ficaria mais bonito escrito a caneta em uma folha de papel, mas como sei que você se dedica de verdade ao seu blog, que por detalhe gostei muito, e cuida dele com carinho, seria ganancioso demais escrever onde eu prefiro.
Bom! Sem mais embromção. A frase era: ''Tens um futuro promissor.''

Um beijo.

Anonymous said...

De tudo isso que eu escrevi antes...esqueci de dizer o final!

Parabéns pelo Blog Laurinha!!!
Muito legal o seu e o da Nathi( o jeito que ela fala eu achei muito confiante, legal)!

R@mon_Vitor said...

Sem coragem de ver esse filme, porque o livro me rendeu alguns pesadelos.